No Dia do Hospital, FEHOSUL defende parcerias para enfrentar gargalos na saúde

Os hospitais são empresas complexas que necessitam de um grande número de profissionais altamente capacitados e comprometidos com uma assistência segura e de qualidade. Em um hospital encontramos 140 categorias profissionais entre médicos, farmacêuticos, odontólogos, enfermeiros, assistentes sociais, nutricionistas, entre outros de áreas específicas da saúde, além de administradores, engenheiros, advogados e arquitetos, por exemplo. A data de 2 de julho, como Dia do Hospital, foi instituída pelo então presidente Jânio Quadros, em 1961, para homenagear a data de fundação da mais antiga entidade de representação do setor, a Associação Brasileira de Hospitais, fundada em 02 de julho de 1948.

Existem hoje diversas entidades que trabalham para o desenvolvimento dos hospitais, sendo a Confederação Nacional da Saúde (CNS), a entidade máxima de representação dos hospitais no Brasil. A Federação dos Hospitais e Estabelecimentos de Saúde do Rio Grande do Sul (FEHOSUL) é a única entidade diretamente filiada à CNS no Estado. Representa hospitais, clínicas de diferentes especialidades e laboratórios. Atua através de onze sindicatos filiados, distribuídos no interior e em Porto Alegre (Sindihospa). No total, existem mais de 21 mil instituições de saúde no Rio Grande do Sul.

Já no Brasil, segundo dados atuais do CNES/Ministério da Saúde, identificam-se 6.827 hospitais, sendo que a maioria deste contingente é privado – entre lucrativos e sem fins lucrativos. Os hospitais privados totalizam 4.491 instituições (3.018 lucrativos e 1.473 sem fins lucrativos), sendo que do total, quase a metade atende também ao SUS (2.143).

Segundo o presidente da FEHOSUL, médico Cláudio José Allgayer, “hoje não se pode pensar mais em dicotomias estéreis separando instituições públicas ou privadas; a saúde, como bem maior, deve ser compromisso de todos. Os governantes deveriam ter em mente que na construção de um sistema de saúde ágil, com acesso universal e oferecendo serviços de qualidade, o que importa é termos instituições de todo o tipo, ofertando serviços de qualidade, primando pela segurança assistencial e sendo remuneradas adequadamente pelos relevantes serviços que prestam ao cidadão e a sociedade”, afirma Allgayer.

Segundo Allgayer ainda há muito que se fazer pela saúde das pessoas, e os hospitais, deveriam ser, cada vez mais, entendidos como parte da solução para os problemas de saúde. “Temos exemplos de parcerias público-privadas exitosas em São Paulo, Rio de Janeiro, Bahia e Minas Gerais, onde vemos soluções adequadas para enfrentar o déficit de leitos hospitalares e expandir assistência de qualidade para segmentos populacionais desassistidos”, afirma o presidente da Fehosul.