Villaverde apresenta propostas para saúde

Representantes do setor Saúde estiveram nesta segunda-feira, 27, acompanhando o candidato a prefeito do PT, Adão Villaverde, durante a reunião Tratando de Saúde, promovida pelo Sindihospa, com apoio da FEHOSUL. O político foi apresentar suas propostas para a área e também ouviu questionamentos dos gestores dos principais hospitais da capital  preocupados com o tema.

No início do evento, o presidente do Sindihospa e diretor geral do Hospital São Lucas da PUC, administrador Leomar Bammann apresentou os eixos estruturantes da política da entidade para a saúde da capital, alicerçados nos pilares acesso, gestão/qualidade e financiamento.

Villaverde contou que seu programa de governo está aberto para contribuições dos diversos setores da sociedade e que reuniões como a organizada pelo Sindihospa era uma das oportunidades para debater sobre o principal tema da sua campanha eleitoral: a saúde da população de Porto Alegre. Entre as cinco áreas emergenciais que receberão atenção especial, caso seja eleito, está a Atenção Básica à Saúde. O candidato afirmou que pretende investir mais recursos no programa Saúde da Família e criar um modelo para marcação de consultas já que o atual está falido.

O presidente da FEHOSUL, Dr. Cláudio José Allgayer, ponderou três importantes pontos no discurso de Villaverde. Para ele, “realizar um planejamento da área da saúde, acabar com os entraves que inibem o empreendedorismo no setor e manter um diálogo constante com os dirigentes da saúde são os pontos da sua apresentação que me chamaram a atenção”, comentou Allgayer.

Para o presidente da Federação, o novo prefeito precisa ter em mente que mais da metade da população de Porto Alegre tem algum tipo de plano de saúde e, por isso, o gestor da saúde não pode ser apenas gestor do SUS. “As parcerias público privadas (PPP) estão aí e nós somos parceiros para contribuir com os governos em oferecer um serviço de saúde mais próximo da população e com qualidade”, emendou.

Ao responder os questionamentos, Villaverde deixou claro que vai precisar muito do apoio e da parceria dos hospitais e instituições para conseguir alcançar os objetivos traçados. “Sobre as PPPs nós temos uma visão de que o Estado não pode renunciar às suas tarefas e deveres. Mas precisamos que a empresa que seja do governo funcione bem para que dê o exemplo e para que as parcerias possam ter em quem se espelhar.”

O diretor executivo do Sistema de Saúde Mãe de Deus, Alceu Alves, questionou Villaverde sobre os investimentos em saúde que ele pretende fazer, além de uma possível cobrança junto ao governo do Estado do cumprimento da lei para a aplicação dos 12% do orçamento no setor. “Porto Alegre tem sérios problemas de saúde porque o RS tem sérios problemas de saúde. E isso é uma questão maior, que envolve o Estado. Ainda ostentamos o título de Estado que menos investe em saúde em todo o país e seria importante que o senhor, sendo do mesmo partido do governador, pudesse fazer algo para exigir o cumprimento da lei”, enfatizou Alceu.

O candidato lembrou que o município de Porto Alegre já investe o teto máximo em saúde – 21% – além do previsto na legislação. “Mas é claro que se estivermos na prefeitura e com a ajuda de vocês, vamos ter mais força para pressionar o governador para cumprir os 12% exigido pela lei. Assumo aqui essa relação de parceria entre o Estado e o município e vocês podem sempre contar conosco para resolver essas questões que envolvem os dois poderes”, declarou Villaverde.

A reunião Tratando de Saúde ainda vai ouvir, no início de setembro, a candidata do PC do B, Manuela D’Ávilla.