FEHOSUL se reúne com governador Eduardo Leite para tratar pendências em relação ao IPE Saúde

Claudio Allgayer e Odacir Rossato, presidente e vice-presidente da entidade representativa de hospitais, clínicas e laboratórios estiveram presentes

Na sexta-feira (17), o presidente e vice-presidente da FEHOSUL, Claudio Allgayer e Odacir Rossato, respectivamente, se reuniram com o governador Eduardo Leite, no Palácio Piratini, para apresentar pendências que estão inviabilizando a sustentabilidade dos hospitais, clínicas e laboratórios que prestam serviços ao IPE Saúde. Na audiência, estiveram presentes ainda membros da diretoria do IPE Saúde, da Secretaria Estadual da Saúde (SES/RS) e da Federação das Santas Casas.

“Expusemos, de forma clara, direta e incisiva, nossas preocupações, assim como fizeram os dirigentes das Santas Casas, que foram acompanhadas atentamente, com intervenções várias, pelo governador”, disse Allgayer.

O presidente do Ipe-Saúde, Júlio Ruivo, explicou que existe claramente um quadro de inviabilidade em se manter a atual situação, que gera déficit mensal de R$ 50 a R$ 60 milhões, valores que vêm sendo suportados pelos prestadores.

O governador reconheceu que “as medidas no lado das despesas, que são mais demoradas, não podem impedir a busca da solução para as receitas insuficientes”. Ele prometeu trabalhar para que em breve possa dar respostas mais claras, após a análise do cenário atual, assim como os caminhos que podem ser propostos para solucionar os entraves.

Conforme o presidente da FEHOSUL, cinco movimentos foram definidos:

 

1) o Governador fará reunião na semana que antecede o Natal com todos os órgãos de governo envolvidos, para analisar o quadro;


2) Governo tentará encontrar os meios para liberar, ainda em dezembro, o valor depositado no FAS que está retido por problema orçamentário, de cerca de 40 milhões de reais;


3) Governo estudará a possibilidade de liberar “um aporte emergencial e extraordinário” no menor tempo possível, enquanto se equacionam ações de médio prazo;


4) Governo passa a estudar a revisão na lógica das contribuições, reconhecidamente insuficientes para manter o plano de saúde atual;


5) No início de janeiro o Governo voltará a convocar nova reunião com os integrantes do encontro do dia 17/12, para reanalisar o quadro e implementar novas ações.

“Consideramos esta reunião como boa, já que conseguimos repassar o quadro real da situação que sinaliza a existência de 911 milhões de reais de contas apresentadas e ainda impagas, sendo que hospitais e serviços de diagnóstico as contas já ultrapassam 90 dias e serviços ambulatoriais tem uma defasagem de 160 dias. Acreditamos que o governador entendeu nosso recado angustiado e a gravidade da situação. Estamos cautelosamente otimistas”, finaliza Allgayer.

Fotos: Gustavo Mansur/ Palácio Piratini