Clínicas de radiologia alertam que é economicamente inviável prestar serviços ao SUS

 

O Sistema Fehosul (Federação dos Hospitais e Estabelecimentos de Saúde do Rio Grande do Sul) realizou, no dia 9 de junho, reunião com membros da Associação Gaúcha de Radiologia (AGR). A situação atual do setor foi apreciada, em relação às operadoras de planos de saúde (saúde suplementar), ao IPE-Saúde e ao SUS.

O diretor executivo da Fehosul, médico Flávio Borges, e a gerente de relacionamento com o mercado, administradora hospitalar Shirlei Gazave, receberam o presidente da AGR, radiologista Sílvio Cavazzola,o diretor da Nuclimagem, médico Belmonte Marroni, e o diretor-executivo da Serdil, administrador Francisco Duarte.

A realidade gaúcha demonstra que, embora a Lei 13.003/14 (veja aqui) estabeleça reajustes periódicos anuais, isto não vem acontecendo com a maioria dos serviços. Além desta dificuldade, os participantes constataram que é necessário atualizar os valores em relação aos serviços prestados ao IPE-Saúde e ao SUS.

A continuidade, em relação ao SUS, é praticamente inviável. Quanto ao IPE-Saúde, reivindica-se a adoção da remuneração através da última edição da Classificação Brasileira Hierarquizada de Procedimentos Médicos (CBHPM).

A Fehosul, juntamente com a AGR, elaborarão um documento a ser apresentado à direção médica da autarquia estadual – que já se mostrou sensível ao tema – visando recompor valores e aperfeiçoar a prestação de serviços na especialidade.

Quanto ao SUS, a AGR se associa ao pleito da Fehosul no sentido de estender o cofinanciamento estadual para todas as clínicas de radiologia que atendem ao SUS, como forma de amenizar a situação do subfinanciamento existente no Sistema Único de Saúde. A pedido da Fehosul, a Secretaria Estadual da Saúde já incorporou na pauta as discussões em relação aos incentivos a todos os prestadores, sem distinção de sua organização legal.