Após pressão de entidades, IPERGS promete apresentação do estudo sobre insumos

Para a FEHOSUL, trabalho deve ser conduzido de forma transparente e aberto a contribuições

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A FEHOSUL, AHRGS e Federação das Santas Casas se reuniram com a direção médica do IPERGS na quinta-feira, dia 13, na sede da autarquia. A pauta da segunda reunião do Grupo Paritário deste ano foi o estudo “Preço de Referência de Insumos”, ou PRI. A grande reclamação das entidades é que a construção do novo modelo de remuneração está sendo conduzida de forma unilateral.

“ Somente o Grupo de Trabalho designado pelo governo – composto por  técnicos da Fazenda, da Procuradoria Geral do Estado e do próprio IPERGS -, tem acesso aos parâmetros norteadores do estudo e seus respectivos avanços. Entidades que representam hospitais, clínicas, laboratórios e médicos não foram convidadas a contribuir, em descompasso com o que se defende atualmente em termos de cooperação”, explica Flávio Borges, diretor executivo da FEHOSUL, que participou da atividade.

“ A iniciativa do governo foi a de criar um modelo de relacionamento mais moderno, leia-se remuneração, com os prestadores de saúde que atendem os beneficiários do IPE-Saúde. Construir um modelo diferente do conceito fee-for-service é extremamente complexo. O PRI já foi apresentado para a direção e o conselho deliberativo do IPERGS. Discordamos da forma impositiva que vem se cristalizando”, completa Flávio Borges.

O pedido feito na reunião, pelas três entidades representativas do setor prestador de serviços, é a de conhecer a fundo o estudo. “Após um adequado prazo para estudo da sistemática, apresentaríamos uma análise com nossas sugestões”, explicou Flávio Borges.

O diretor médico do IPERGS, Alexandre Escobar, concordou em trabalhar para “abrir” detalhes do PRI, mas fez uma contraproposta: que no momento da elaboração do documento com sugestões, o IPERGS pudesse estar presente. “Seguindo a ideia de transparência que defendemos, a condição foi aceita pelas nossas entidades”, disse Flávio Borges.

Alexandre Escobar prometeu consultar os técnicos do Grupo designado pelo governo, e dar uma posição em um período de até 15 dias.