Agenda 2020 apresenta estudos para melhorar a qualidade de vida dos gaúchos

A Agenda 2020 apresentou nesta segunda-feira, 26, os resultados do estudo realizado nos 24 municípios gaúchos com população acima de 90 mil habitantes que, juntos, representam cerca de 60% do PIB do RS. Os temas debatidos no encontro foram: Saúde, Segurança, Infraestrutura, Educação e Inovação. A área da saúde foi apresentada pelo médico Dr. Antonio Quinto Neto, voluntário do Grupo Temático da Saúde, que tem a coordenação do presidente da FEHOSUL, Dr. Cláudio José Allgayer.

A abertura do evento foi feita pelo empresário Jorge Gerdau Johannpeter que abordou a questão dos “Desafios da sociedade e o papel das prefeituras” quando falou sobre a necessidade do setor público em utilizar ferramentas de gestão que tem resultados efetivos na iniciativa privada. “O sucesso do país só pode ser alcançado se a gestão das prefeituras, dos governos estaduais e do governo federal estiver alinhada com planejamento estratégico, metas e objetivos”, desafiou o empresário.

Sobre a área da Saúde, Dr. Quinto fez uma breve explanação sobre o diagnóstico feito pelo Grupo Temático da Saúde ao longo do primeiro semestre deste ano. O trabalho apurou a situação da saúde em 24 municípios gaúchos e os resultados estão baseados em quatro eixos estratégicos: financiamento, gestão, acesso e qualidade assistencial.

De acordo com o Dr. Quinto, a segunda etapa do trabalho será, nos próximos meses, fazer uma análise comparativa entre o modelo do SUS e o da saúde suplementar, sempre utilizando os quatro eixos como referência para os estudos.

Entre os principais desafios na área da saúde que os prefeitos deverão enfrentar ao longo dos próximos quatro anos estão o gerenciamento do setor pelas administrações municipais; o reconhecimento externo dos prestadores de serviços por meio de certificações ou outras metodologias, garantindo assim mais qualidade ao serviço oferecido; maneiras mais eficientes de financiamento para o setor saúde; e cumprimento dos pisos obrigatórios para a aplicação dos recursos na área da saúde.

Para o prefeito de Porto Alegre, José Fortunati, apesar do estudo abordar questões significativas, às vezes, a reflexão proposta não encontra efeitos práticos nas administrações públicas. “Temos que terminar com a cultura do Estado paternalista, que tudo pode. A gestão dos municípios não é só do prefeito, mas dos vereadores e também da sociedade civil. Porém, não podemos esquecer que é muito fácil determinar o aumento de vagas na educação básica ou que devemos melhorar o acesso à saúde com qualidade. Mas, muitas vezes, as decisões são tomadas e não há contrapartida dos governos estaduais e federal para garantir o suporte necessário para a aplicação das novas determinações”, declarou Fortunati.