Em Camaquã, Fehosul apresenta dados e perspectivas para 2016 a gestores da região

 

A cidade de Camaquã recebeu no dia 13 de novembro a 9ª edição do evento itinerante “Roteiros da Saúde”. Em parceria com o Sindicato dos Hospitais e Estabelecimentos de Saúde da Região Sul, a Federação dos Hospitais e Estabelecimentos de Saúde do Rio Grande do Sul (Fehosul) levou conhecimento atualizado e relevante aos dirigentes da região. Compareceram representantes de hospitais, clínicas, laboratórios e outros estabelecimentos da saúde da cidade e da região.

Como nos eventos anteriores, o diretor executivo da Fehosul, médico Flávio Borges, destacou novidades do mercado da saúde suplementar. Segundo o executivo, os gestores devem adaptar a sua forma de trabalho para lidar da melhor forma possível com as novidades da nova Lei 13.003/14, regulamentada pela ANS, que trata sobre a obrigatoriedade da celebração de contratos entre prestadores e operadoras de planos de saúde. A Fehosul desenvolveu um Manual de Perguntas e Respostas da Lei 13.003/14, que pode ser baixado aqui.

 

 

Flávio Borges apresentou ainda dados que demonstram a complexidade do setor. “A saúde representa 9% do Produto Interno Bruto do país, gera 4,3 milhões de empregos diretos. O marco regulatório da saúde no Brasil é amplo e complexo. Existem mais de 90 mil normas relacionadas à saúde”, destacou.

Segundo o executivo da Fehosul, o setor privado foi responsável pelos investimentos em saúde na proporção de 54,3% e o gasto do setor público foi de 45,7%. “Dos 190 milhões de brasileiros 76% são dependentes dos serviços públicos de saúde, ou seja, o setor privado investe mais para uma população bem menor”, demonstrou Flávio Borges. Mesmo assim, a tributação representa mais do que um terço do valor final dos produtos para a saúde.

 

 

Adicionalmente a esta problemática, a inflação do setor saúde é muito maior que a inflação. “Em 2013, a Variação do Custo Médico-hospitalar foi de 17% e a variação do IPCA foi de 7%”, exemplificou.

Todo este cenário é bastante nebuloso. “A situação para 2016 tende a ser ainda pior. Faz parte do compromisso dos gestores de empresas prestadoras de serviços de saúde a efetiva união em torno de suas entidades representativas. Não se pode ficar em desvantagem, olhando apenas para os seus negócios. Dessa forma perdem todos” alertou.

 

 

Flávio Borges apresentou ainda ações de representatividade da Fehosul junto ao Ipergs, e resumiu os avanços conquistados nos últimos anos, além de demandas que seguem em pauta, dentre elas o reajuste das tabelas remuneratórias do Ipe-Saúde. A Fehosul vem mantendo reuniões técnicas com a diretoria médica do Ipergs, para tratar da implantação total da CBHPM (parcialmente em vigor desde 1º de junho). Estão sendo analisadas codificações e valores da referida tabela, em diversas áreas como de imagem, patologia, hematologia, medicina nuclear e análises clínicas (veja as matérias destas reuniões em www.fehosul.org.br, na seção notícias).

A administradora hospitalar Shirlei Gazave, Gerente de Relacionamento com o Mercado da Fehosul, e os assessores jurídicos da Fehosul, José Pedro Pedrassani e Flávio Luz, completaram as exposições, mostrando as atividades da entidade e novidades no campo jurídico.

 

 

Flávio Luz apresentou, de maneira prática, como as entidades podem se precaver no campo da responsabilidade civil. O especialista possui experiência em mais de 700 disputas, defendendo os interesses de hospitais, clínicas, laboratórios e demais estabelecimentos de saúde.

Pedrassani abordou assuntos que impactam o setor dos prestadores de saúde, discutidos em encontros com o Conselho Jurídico da Confederação Nacional de Saúde (CNS), que ocorre uma vez por mês, em Brasília. Shirlei e Pedrassani falaram ainda sobre aspectos relacionados às negociações coletivas com os sindicatos profissionais, novas regras para o seguro-desemprego e terceirização.

 

 

Ao final da atividade, a equipe da Fehosul ficou à disposição dos convidados, respondendo perguntas e solucionando dúvidas.